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Episódio 11

Nona Tabuleta Parte 2

A criação de Adapa

No nonagésimo quinto Shar Adapa e Titi tiveram um filho. Titi o nomeou de Sati, aquele que une a vida de novo. E depois disto, trinta filhos e trinta filhas eles tiveram. Assim houve pastores e quem lavrasse a terra. A saciedade voltou aos anunnaki e aos terrestres. No nonagésimo sétimo Shar nasceu Enshi, filho de Sati e de sua esposa Azura. Seu nome, Enshi, significava professor da humanidade. Adapa ensinou a Enshi quem eram os anunnaki e o que era Nibiru. Conheceu as cidades, observou Nibru-ki e todos os segredos dos anunnaki. Nannar ensinou a Enshi sobre os óleos perfumados e Ishkur ensinou-lhe a preparar o elixir dos frutos Inbu.

Foi a partir de então que os humanos civilizados passaram a render culto aos anunnaki que tudo lhe mostravam e ensinavam. Enshi teve um filho com sua irmã Noam. Se nome era Kunin, que significava o dos fornos. Ninurta foi seu tutor, em Bad-Tibira aprendeu sobre o fogo, fundição, refinamento e betume. Kunin trabalhou na refinação do ouro para Nibiru.

Aquele era o nonagésimo oitavo Shar.

Ao nonagésimo nono Shar nasceu Malalu, filho de Kunin e de sua meia-irmã Mualit. Malalu significava aquele que interpreta, e Ninurta o ensinou música, dando-lhe uma harpa e uma flauta.

Da união de Malalu e Dunna, filha do irmão de seu pai, sua esposa, nasceu Irid, o das águas doces. Dumuzi o ensinou a escavar poços e prover água aos rebanhos. E foi junto aos poços nos prados que pastores e donzelas se reuniram. Os casamentos e a proliferação da humanidade civilizada ocorria em abundância. Os igigi chegavam com maior frequência à Terra. E queriam permanecer na Terra e não no Lahmu.

Assim Irid conheceu Baraka, sua esposa, que era filha do irmão de sua mãe. Ao centésimo segundo Shar nasceu um filho que ficou conhecido como Enki-Me. Enki-me era sábio e inteligente. Compreendeu a matemática com facilidade e rapidez. Tinha curiosidade constante sobre os céus e todas as questões celestiais. Enki se afeiçoou a ele e lhe contou todos os segredos que revelara anteriormente a Adapa. Esclareceu sobre a família do sol e dos doze celestiais. Sobre como os meses se contavam a partir da lua e os anos a partir do sol. Assim mencionou os shars em Nibiru e de como os cálculos se estabeleciam. Também demonstrou como dividiu o círculo dos céus em doze partes e de como as eras foram dispostas, de que forma os doze grandes anunnaki foram honrados nas eras.

Enki-me estava curioso e desejava muito conhecer os céus.

Ele fez duas viagens celestes. Na primeira Enki-me foi até a lua com Marduk e de lá Marduk o ensinou tudo o que sabia. E quando Enki-me retornou à Terra recebeu de Utu uma tabuleta para que registrasse o que havia aprendido. Utu ofereceu a Enki-me sua morada brilhante como um príncipe dos terrestres. Os ritos de sacerdócios foram ensinados a Enki-me

Depois, em Sippar, conheceu sua esposa, uma meio-irmã, chamada Edinni. Assim, filho de Enki-me e Edinni Matushal nasceu, e foi conhecido como o que se eleva entre as águas brilhantes. Matushal nasceu no centésimo quarto Shar e testemunhou os problemas com os Igigi e tudo o que Marduk fazia.

Foi depois do nascimento de Matushal que Enki-me viajou pela segunda vez aos céus e foi com Marduk até o Lahmu para visitar os Igigi. Os Igigi conversaram muito e puderam aprender sobre os terrestres civilizados. Conta-se que depois de subir aos céus, Enki-me jamais retornou. Mas antes, ofereceu um registro escrito para que seus filhos soubessem tudo o que sabia. Registrou a família do sol, as regiões da Terra e os rios. Confiou a Matushal, seu primogênito, para que junto de seus irmãos Ragim e Gaidad, soubessem de tudo.

Matushal conheceu sua esposa Ednat e teve um filho a que chamou de Lu-Mach, homem poderoso. Os anunnaki escolheram Lu-Mach para ser capataz e que ele deveria trabalhar para fazer cumprir as cotas e reduzir as rações de comida. Aqueles eram dias mais difíceis, nos campos e prados os trabalhadores reclamavam.

E foi nos dias de Lu-Mach que Adapa, o primeiro homem civilizado, conheceu seu destino mortal.

Em seu leito ele pediu que fossem chamados todos seus filhos e os filhos de seus filhos. Adapa desejava conceder benção e falar com eles antes de partir. Quando Sati e todos os outros se reuniram Adapa questionou sobre Ka-in. Enki chamou Ninurta e disse: que o banido, de quem você foi mentor, seja trazido ante ao leito de morte de Adapa. Ninurta subiu no pássaro do céu até a terra dos errantes. Procurou por Ka-in e quando o encontrou, levou ao encontro de Adapa, seu pai.

Quando Ka-in chegou, Adapa pediu que ele e Sati se aproximassem. Com a visão falha Adapa tocou o rosto dos dois e percebeu o rosto sem barba de Ka-in e o rosto com barba de Sati. Adapa pôs sua mão direita sobre a cabeça de Sati, e disse: de sua semente se encherá a Terra. E de sua semente, como uma árvore com três ramos, a humanidade sobreviverá a uma grande calamidade. E pôs sua mão esquerda sobre a cabeça de Ka-in, dizendo: por seu pecado, de seu direito de nascimento está privado, mas de sua semente sete nações virão. Em um reino à parte crescerão, terras distantes habitarão. Mas por ter matado seu irmão com uma pedra, por uma pedra chegará seu fim. E quando Adapa terminou de dizer essas palavras, deixou cair as mãos e disse: agora chamem Titi, minha esposa e todos os filhos e todas as filhas. E depois, que meu espírito me deixar, levem-me ao lugar perto do rio, onde nasci, e me deixem com o rosto para o sol nascente. Titi gritou e caiu sobre os joelhos ao lado de Adapa, Na metade do nonagésimo terceiro Shar tinha nascido, ao final do centésimo oitavo, partiu. Uma vida longa para um terrestre, mas não tinha o ciclo vital de Enki. E depois da cerimônia de despedida de Adapa Ka-in se despediu de sua mãe e de seu irmão. E em um reino distante Ka-in teve filhos e filhas. E para eles construiu uma cidade, e enquanto construía, encontrou seu destino, tal qual foi predito, com a queda de uma pedra.

E naqueles dias Lu-Mach no Edin servia aos anunnaki como capataz.

E naqueles dias, viram os igigi que as filhas dos homens eram formosas... e tomaram para si mulheres.

Nos dias de Lu-Mach, Marduk e os Igigi se casavam com as terrestres.

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